Apesar de o fator previdenciário, criado pelo governo em 1999, ser considerado ineficiente pelo secretário de Políticas do Ministério da Previdência Social, Leonardo Rolim, ele entende que acabar com o mecanismo sem uma contraproposta seria muito impactante para as contas da Previdência. De acordo com a Agência Senado, Rolim afirmou que o fator previdenciário não é capaz de cumprir seu papel, funciona de forma cruel e ainda reduz em 30% o valor desses benefícios, durante audiência realizada na última quinta-feira (1) na CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa) do Senado. Economia de R$ 9 bilhões O fator previdenciário é utilizado para realizar o cálculo das aposentadorias. Basicamente é uma fórmula matemática que leva em conta idade, tempo de contribuição e a expectativa de vida do trabalhador. O objetivo do governo, ao aplicar o fator para o cálculo da aposentadoria, era reduzir as despesas da Previdência, ao mesmo tempo em que tentava reduzir as aposentadorias precoces. Isso possivelmente aconteceria, pois o valor para quem se aposentava mais cedo seria reduzido. No entanto, parece que o efeito do mecanismo não foi exatamente o esperado, sendo que o próprio ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, já afirmou que o mecanismo está apenas reduzindo os valores pagos e não adiando o momento da aposentadoria. Homens se aposentam aos 54 anos O secretário informou que atualmente os homens estão se aposentando aos 54 anos e as mulheres, aos 51,5 anos. Já o desconto do benefício, levando em conta o fator, está sendo em média de 30%. Fim do fator Por fim, Rolim observou que não é sustentável para o País que as pessoas se aposentem tão cedo, sobretudo por conta do perfil demográfico do Brasil, ou seja, maior expectativa de vida e redução da taxa de natalidade, que resulta em mais pessoas recebendo aposentaria e menos contribuintes. É preciso, portanto, chegar a um modelo de aposentadoria digna, mas sem fazer com que as pessoas se aposentam mais cedo, observou Rolim.
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Publicado por: Fonte: InfoMoney
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